Chegando em Mendoza, primeiras impressões
Cheguei em Mendoza no dia 17 de fevereiro de 2015. Eu vim de carro de
San Agustin de Valle Fértil, onde conheci Talampaya e Ischigualasto. Veja AQUI como foi essa viagem. O trajeto entre San Agustin e Mendoza foi rápido e tranquilo, por conta das estradas retas (infinitamente
e sonolentamente retas), em bom estado e pouco movimentadas.
Mendoza é uma cidade pequena e bonita, muito arborizada. Localizada aos pés da Cordilheira dos Andes a cidade é a capital da Província de mesmo nome. A região é o segundo maior pólo turístico da Argentina, os visitantes buscam suas belezas naturais e seus vinhos.
Mendoza é o centro de uma região metropolitana agitada. No
seu entorno existem vários outros municípios (são praticamente bairros da cidade) e todos muito próximos, como:
Maipu, Lujan Del Cuyo, Allegro, Godoy Cruz, etc. Ver mapa abaixo (região marcada em vermelho) A região possui centenas de
opções de hospedagem, gastronomia e passeios para todos os gostos e bolsos.
A sua altitude, em torno dos 1.500 metros e o clima seco,
temperado e com muito sol, tornam a região ideal para a produção de uvas vinícolas.
Não à toa, a província de Mendoza é o maior centro produtor de vinhos do país e
um dos principais do mundo. São cerca de 1.200 vinícolas na região, destas,
aproximadamente 100 estão abertas à visitação turística. A visitação às
vinícolas está entre as principais atividades da região. Veja AQUI minha relação de 10 vinícolas que você deveria conhecer.
De carro em Mendoza
Eu estava de carro alugado. E chegando em Mendoza fui
apresentado a uma de suas características principais, seu transito caótico.
Muito desse transito se deve aos enervantes sinais de trânsito que sempre fecham a cada quarteirão. Nunca vi isso... Em vez da “onda
verde” os mendozinos criaram a “onda vermelha”. Para piorar, nunca é
permitido virar à esquerda em uma via de mão dupla, assim para virar a esquerda é necessário contornar
um quarteirão, sempre virando a direita. E adivinhe? Em cada rua do quarteirão
há um sinal vermelho te esperando...
De carro alugado e GPS foi bastante fácil circular pela cidade e conhecer os principais pontos turísticos. Além disso as ruas e estradas são bem sinalizadas. Os motoristas argentinos lembram muito os brasileiros, são bem mal educados imprudentes. Então, é preciso ter paciência e cautela.
Uma curiosidade da cidade são as “sarjetas mata bêbado” da cidade (foto abaixo). Vou explicar. A cidade não tem as tradicionais sarjetas para escoar a água que
temos nas ruas do Brasil. Cada rua tem, de cada lado, um canal profundo para
escoar a água da chuva. Imagine uma valeta com 1 metro de profundidade por 1
metro de largura. Para transpor estes obstáculos existem passagens para
pedestres e carros (nas entradas de garagem). Aqui se leva a sério
a necessidade de drenar a água da chuva (mesmo às custas de algumas pernas quebradas).
Talvez pela altitude da cidade e proximidade com o Andes, deve haver um
considerável fluxo de água que desce da montanha em chuvas fortes. Eu quase cai numa
dessas valetas quando sai do carro quando o estacionei perto de um restaurante à noite.
E olha que eu nem tinha bebido... ainda...
Hora da Ciesta
Em Mendoza, como em muitas cidades do interior da Argentina, existe a tal hora da ciesta... Isso é um saco,
porque muitas coisas fecham! E as vezes você é pego de calça curta. Por conta
desse costume, às 21 horas as ruas do Centro da cidade ainda estão fervendo,
com gente andando pra cima e pra baixo e todo o comércio aberto, a hora do rush
vai até as 22hs.
Hospedagem em Mendoza
A região possui inúmeras opções de hospedagem. Desde albergues mais simples até resorts luxuosos e charmosos em meio aos parreirais ou às montanhas.
Vai se hospedar? então aprenda algumas palavras importantes, veja aqui algumas dicas de ESPANHOL para o viajante!
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Inicialmente eu fiquei no Hostel Suites Mendoza. Com
avaliação nota 7 no Site Tripadvisor (limite entre o bom e o razoável). Esse
hostel se mostrou na verdade uma escolha trágica. Foram as minhas piores noites
da viagem. O hostel é MUITO barulhento!!! Não consegui dormir bem por duas
noites. Além do falatório e música alta no hall de entrada (que segue até altas
horas da madrugada) você ouve todos os barulhos dos quartos. Portas fechando,
descargas de banheiro funcionando, passos no corredor, etc... No segundo dia eu
desisti e “pedi as contas”, literalmente e procurei outro canto para ficar.
Depois eu me mudei para o Hostel Casa de Huesped localizado
na cidade de Godoy Cruz a 5km do Centro de Mendoza. Apesar de ser uma outra cidade, Godoy
Cruz é praticamente um bairro de Mendoza, fica mais perto do centro do que
muitos bairros de grandes cidades brasileiras. Importante lembrar que Mendoza é uma cidade pequena e capital da província e, por isso, fica localizada no centro de um
monte de “cidades-bairro” (Godoy, Maipu, Lujan del Cuyo, Maipu, etc.).
Apesar do nome,
o Casa de Huesped é uma pousada, com quartos e banheiros privativos. Essa foi a
minha melhor hospedagem na viagem. A pousada pertence ao simpático casal Srª Inês e Sr Horácio. Eles são muito atenciosos e te tratam como seu você fosse um parente
próximo. A pousada é muito bem avaliada pelos visitantes (Veja AQUI). O preço é ótimo e os quartos são amplos e
limpos com ar condicionado split, TV à cabo, WIFI, cama com bom colchão,
banheiro amplo e com água quente.
Para quem está de carro é perfeito, além da
garagem, você está mais perto das vinícolas e da montanha e ainda evita o
transito caótico no Centro de Mendoza. Se você não está de carro também é ótimo
porque as agências de turismo te pegam e te trazem para a pousada e você ficará
em uma excelente hospedagem. Recomendo fortemente o Hostel Casa de Huesped em Godoy Cruz. Veja AQUI mais fotos do local.
Gastronomia em Mendoza
Comer bem gastando pouco é algo simples em Mendoza. A
maioria dos restaurantes tem ótimas opções de pratos (principalmente carnes) e
vinhos. Sempre prove os vinhos pois são muito baratos e de boa qualidade!
Os dois restaurantes que mais gostei foram o Restaurante Ruca Malen (da
vinícola de mesmo nome, veja AQUI minha visita à Ruca Malen) e o Restaurante Casa do Visitante (da vinícula Familia Zuccardi). Ambos servem almoço com
cardápio tipo menu degustação, com vários vinhos incluídos e harmonizados com cada prato da
refeição. Ambos são excelentes e um pouco mais caros, pois são focados no
turista mais abastado que visita as vinícolas. O preço fica entre R$ 100 e R$ 150 por pessoa. Relativamente barato pela qualidade da comida.
Próximo ao centro da cidade os restaurantes que mais me
agradaram foram: Bistrô Anna, Casa de Campo e Estância La Florencia. O Bistro
Anna é mais sofisticado, com uma bela decoração e pratos bem elaborados. O “Casa
de Campo” tem a proposta de trazer a culinária tradicional argentina, com
carnes feitas e servidas de maneira tradicional. O Estância La Florência é um
restaurante simples e simpático. É bem movimentado e com muitas famílias
argentinas (o que sempre é um bom sinal, não é do tipo “pega turista”). Além disso
se destaca o bom serviço, bons preços e ótima comida.
Fuja da Roubada!! O restaurante Caro Pepe no Centro de Mendoza é uma bela furada. A
proposta é interessante, você se serve a vontade no buffet e das carnes
preparadas na brasa. O problema é que o buffet não tem lá muita qualidade e na
hora de você pegar as carnes o “parrilleiro” é apressado demais, fala rápido,
sai tacando nacos de carne no seu prato. O pior é que a carne nem parece
argentina, é dura... as vezes muito passada, as vezes crua. Achei péssimo.
Para mais dicas sobre o que fazer em Mendoza e na região, veja AQUI neste post: "10 lugares para se conhecer em Mendoza"
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