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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Trip, 1º dia, Córdoba e Cafayate, Viagem ao Norte da Argentina e Atacama

A viagem ao Norte da Argentina e Atacama começou em Córdoba na Argentina. Normalmente a “cidade-sede” para quem quer conhecer o Norte da Argentina é Salta, cidade de médio porte, muito simpática, com bons serviços turísticos e que, por sua beleza, é chamada pelos argentinos de “Salta la Linda”. Mas, no caso, a escolha de Córdoba foi quase obrigatória, pois, como disse  anteriormente, era o único destino disponível pra aquisição com as milhas do meu cartão de crédito.
Sai do Rio de Janeiro as 23:30h de quinta dia (07/02)  e estava em Córdoba as 3:00 da manhã de sexta (08/02), considerando o fuso horário argentino que é de menos uma hora. O vôo foi cansativo e com escala em São Paulo. O plano era pegar o carro alugado na Sixt às 12:00hs (Ecosport 1.6) e rumar para Cafayate (cidade que fica a 150Km de Salta e a 700 Km de Córdoba) no mesmo dia. Neste intervalo entre chegada e partida fiquei num hotel bem simples em Córdoba - Hotel Salta Suítes (200 pesos; Rua Salta 579 - Centro; GPS: -31.411128,-64.176091). Fiquei lá por 6 horas, para tirar um cochilo e fazer o desayuno (café da manhã).


Córdoba - Argentina

Córdoba - Argentina

Mas espera, o café da manhã na Argentina merece um capítulo à parte. Aparentemente os argentinos não dão muita bola pro desayuno, quase bola nenhuma. Rs... Então, o desayuno é geralmente bem chinfrin. Fora das grandes redes hoteleiras não espere por frutas, frios, sucos, variedade de pães, bolos... nada disso. É café, leite, pão borrachudo, media-luna (um tipo de croissant doce), um potinho de “mantequilla”, geléia e olhe lá...
No Hotel Salta o desayuno seguiu este padrão, mas pelo menos tínhamos uma tentativa de alfajores e suco de laranja, que veio em copinhos de café de 50ml... :/  (veja a foto abaixo).

Café da Manhã no Hotel em Córdoba
Córdoba é uma cidade de médio porte, com belas ruas e construções históricas. Mas não tive muito tempo para conhecê-la. Nossa idéia era chegar o mais rápido possível em Cafayate (700Km de distância).

Acabamos atrasando nossa saída porque o meu GPS não estava “captando” o satélite na Argentina. O pessoal da Sixt indicou uma assistência técnica que deu um “tapa” no GPS, atualizando o software e pude, às 15:00 hs, finalmente, rumar para Cafayate.
Segui pelas "rutas" 60 e 157, com retas e mais retas. Asfalto em boas condições, com alguns trechos com ondulações e “trilhos” traiçoeiros provocados pelo peso dos caminhões que exigem atenção. Conclusão: o asfalto argentino derrete mas não esburaca.

Ruta 157 - Retas sem fim.


Mais próximo de Cafayate, já depois de anoitecer, segui a ruta 337. Uma estradinha com trechos ruins de serra, muitas curvas e alguns trechos de terra e em construção. Esta estrada atrasou bastante a viagem. Após este trecho cheguei na mítica Ruta 40 (estrada que cruza a Argentina de Norte a Sul margeando os Andes).

A ruta 40 estava em ótimas condições mas com algumas surpresas. São as “bandenes”, depressões que cruzam o asfalto e servem pro escoamento de água das chuvas ou degelo dos Andes. Algumas bandenes chegam a 1 metro de profundidade com uma rampa de descida de cerca de 5 metros e mais 5 metros de subida (veja desenho abaixo). O problema é que quando chove forte você não consegue passar nos verdadeiros “rios” que se formam no meio da estrada. Neste caso, o jeito é ficar esperando a “maré” baixar. Ainda bem que não estava chovendo, mas mesmo assim, alguns bandenes tinham água com cerca de 10cm de profundidade e exigiam muita cautela.

Bandene - Corte Lateral.

Para ter uma idéia do que é uma Bandene, vejam esse vídeo no youtube, postado pelo Luiz Guisso
 
Cheguei em Cafayate a 1:00h da manhã. Fiquei na pousada Hostal Casa Arbol. Um B&B bem simples numa casa colonial, com quartos e banheiros compartilhados. O quarto era´o único privativo, espaçoso, limpo e com bom preço (300 pesos, Avaliações no Trip Advisor, Rua: Calchaqui 84; Coord: -26.073013,-65.978206).

O problema era que não tinha café da manhã e os dois banheiros eram compartilhados pelos cinco quartos. Escolhi esse hostel pelo preço e porque foi muito bem avaliado pelos usuários do site Tripadvisor, mas acho que se procurásse algo na cidade encontraria um lugar melhor pagando só um pouco a mais.  Antes de dormir fiz um rápido lanche argentino num típico boteco pé sujo que ainda estava aberto. Comi empanadas (um tipo de esfirra argentina assada no forno a lenha) e tamales (uma pamonha salgada e recheada com queijo e tomate). Com a fome, tava ótimo!! Depois, exausto, fui dormir.

 
PRÓXIMO DIA - Veja AQUI - Conhecendo Cafayate, Vinícolas, Restaurantes, Ruínas de Quilmes, Museu do Vinho
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Um comentário:

  1. Que legal! Já te seguia no Instagram (pelo meu Insta de viagens, o @terrasondepassei e pelo meu pessoal). Estava aqui pesquisando um roteiro e achei seu blog, super bem explicado. Vou usar as dicas!

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