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segunda-feira, 24 de março de 2014

Viagem à Uyuni e Bolívia. 7º dia: Do deserto até Sucre, passando por Uyuni e Potosi.

Na parte da manhã, do meio do deserto até Uyuni. 


Montes Coloridos as margens da Ruta 5, entre Uyuni e Potosi
Este dia marcou o início do retorno desta jornada. Sai do Hotel Taika del Desierto, um porto seguro no meio do oceano de areia do altiplano boliviano (próximo a Laguna Colorada) rumo à Sucre. Foi uma boa hospedagem, excelente atendimento e bom conforto em um lugar tão distante e isolado da civilização.


A "volta" foi pelo mesmo caminho da "ida". Apesar de existirem outros dois ou três caminhos para voltar para Uyuni, eu já conhecia este caminho e seria mais seguro ir por ali mesmo. Como disse em um post anterior o trecho entre o Hotel Taika e a cidade de Alota, é o mais complicado. Não existe uma estrada ou rota consolidada, quase todo caminho é percorrido sobre rastros de trilha e areia.

 
Trecho do caminho acidentado e poeirento entre o Hotel Tayka Del Desierto e Uyuni.
Mesmo tento feito a mesma rota eu garanto que a paisagem, agora sobre outro ângulo, foi tão espetacular quanto na ida. Passamos pelas Lagunas Chiar Kkota, Honda, Hedionda e Canapa. Sempre com uma parada para admirar a paisagem. A parada mais longa foi no Hotel dos Flamingos na Laguna Hedionda para um pit stop no banheiro. Neste caminho de volta cruzei com muitos veículos de turismo.


Localizada entre a Reserva Eduardo Avaroa e Uyuni.
Laguna Honda, Bolívia. Localizada entre a Reserva Eduardo Avaroa e Uyuni.
Laguna Chiar Kkota, Bolívia. Localizada entre a Reserva Eduardo Avaroa e Uyuni.
Laguna Hedionda, Bolívia. Localizada entre a Reserva Eduardo Avaroa e Uyuni.
Laguna Cañapa, Bolívia. Localizada entre a Reserva Eduardo Avaroa e Uyuni.
Flamingo na Laguna Hedionda. Bolívia. Caminho entre a Reserva Eduardo Avaroa e Uyuni.

A Dona Raposa


Entre as lagunas aconteceu um dos momentos mais incríveis da viagem. Depois da Laguna Honda cruzei o caminho com uma linda raposa que, curiosa que só, ela parou e ficou encarando o carro por um tempo, depois seguiu seu caminho.


Raposa Andina, Entre a Laguna Honda e a Chiar Kkota, Bolívia, próximo à reserva Eduardo Avaroa

Cerca de 3 horas de viagem e eu já estava na estrada 701, que é uma importante rodovia que segue de Uyuni até a fronteira com o Chile. Esta estrada é de terra mas é boa e bem mantida, alguns trechos estão em muito bom estado. Sendo possível ir a 100Km/h em alguns pontos. A velocidade cruzeiro foi de 80km/h nesta estrada.

Passei por San Cristóbal, cidade que tem posto de gasolina e que fica a 80 km de Uyuni. Um posto de gasolina é uma coisa rara por estas bandas. Optei por seguir adiante, em vez de parar para abastecer, porque eu ainda tinha 1/2 tanque de gasolina mais um galão de 20 litros cheio. Bem econômico esse 4x4 que aluguei, o Susuki Jimny.

De Uyuni à Potosi e Sucre


Cheguei em Uyuni as 14hs e fui procurar um lugar para comer. Desta vez pedi um "milanesa com papa fritas"... O bife veio com gosto de peixe (devia ser do óleo de fritura) e batata frita encharcada... melhor seria pedir pizza mesmo... No geral, não gostei de nenhum restaurante em Uyuni. Eu deveria ter me informado mais sobre isso no Tripadvisor e seguir as dicas dos viajantes de lá sobre restaurantes na cidade, veja AQUI.

O passo seguinte era abastecer o veículo. O que pode ser um dilema na Bolívia, mas desta vez foi tranquilo, sem filas. Eu coloquei os 20 litros que tinha no galão reserva do bagageiro e completei o tanque no posto e segui viagem rumo à Potosi e Sucre.

No início da Ruta 5 existe uma pequena subida de serra. Aproveitei para dar a última olhada para o Salar de Uyuni de um mirante da estrada. Essa estrada é nova e está em  excelente estado. Mas atenção pois existem muitas curvas traiçoeiras e não sinalizadas. Em muitas delas existem marcas de pneus e sinais de batidas nas muretas (guard rail).

Ruta 5 entre Uyuni e Sucre, Bolívia.

Ruta 5 entre Uyuni e Sucre, Bolívia.
Mas, cuidado! Os bolivianos que vivem nessa região, onde sempre só existiram estradas e ruas de terra, não devem estar acostumados com uma estrada tão boa (ela foi terminada em 2013) e muitos andam super devagar, a 40km/h em plena reta, outros correm feito doidos... e tem muitos sinais de acidentes recentes. Também acredito que eles não estejam acostumados com os sinais de transito rodoviários, principalmente as faixas (tracejadas e contínuas) na pista que indicam se você pode ou não ultrapassar, porque eles ultrapassam em qualquer lugar.


Esta estrada além de boa tem uma paisagem muito bonita. Quanto vim para Uyuni, cheguei à noite e bem tarde (quase 23:00hs) e perdi esta vista no caminho. Agora na volta deu para notar a beleza das paisagem, marcada por montanhas multicoloridas, rios, vales e serras.
Paisagem na Ruta 5, entre Uyuni, Potosi e Sucre

Paisagem na Ruta 5, entre Uyuni, Potosi e Sucre

Paisagem na Ruta 5, entre Uyuni, Potosi e Sucre
Senhora olhando o movimento na Ruta 5, entre Uyuni, Potosi e Sucre
Cheguei em Potosi à noite. Mais ou menos as 20hs. Como na viagem de ida, na volta me perdi na cidade que está toda em obras e com várias ruas fechadas. Foi difícil achar o caminho pois o GPS me mandava sempre para as ruas bloqueadas, além disso Potosi é uma cidade de médio porte e com transito muito confuso. Ignorei as recomendações do GPS e começei a seguir o mapa para tentar voltar a Ruta 5. Acho que nessa enrolação perdi uma hora dentro de Potosi...

Finalmente de volta a Ruta 5. O trecho entre Potosi e Sucre é bastante complicado, cheio de curvas, subidas e descidas. Ainda pior dirigindo à noite. O Susukinho sofria muito (em parte devido á altitude) e em alguns trechos  e tive que engatar a 2ª marcha e subir a 40km/h. Isso atrasou bastante a viagem e cheguei em Sucre às 23 hs. Deixei as malas na pousada Casarte Takubamba e fui procurar um lugar para comer.

Achar onde comer foi um desafio... Faminto, bati na porta de 4 ou 5 lugares que estavam abertos mas com as "cocinas cerrradas". Finalmente encontrei um lugar que me atendeu, chamado Bibliocafé, bom atendimento e ambiente. Comida mais ou menos, mas melhor as comidas que provei em Uyuni. Valeu pela cerveja gelada! No dia seguinte seria livre para conhecer Sucre!

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Rota percorrida Entre Hotel Taika, Uyuni, Potosi e Sucre

Mapa da Viagem à Bolívia. Trecho entre Hotel Tayka Del Desierto, Uyuni, Potosi e Sucre


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2 comentários:

  1. Vicente, suas fotos ficaram lindas. Seu texto, seu blog... demais! Navegar por aqui é como voltar no tempo e sentir toda a alegria e prazer de viver esses roteiro. Muito obrigada.

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  2. Muito legal a sua viagem. Os relatos vão me ajudar muito. Farei esse mesmo trajeto, porém seguindo até San Pedro do Atacama.

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